Ação policial no Grande Recife provoca afastamento de prefeito, dois secretários e quatro servidores

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Prefeito de São Lourenço da Mata é um dos alvos da 'Operação Tupinambá', deflagrada pela Polícia Civil (Foto: Pedro Alves/G1)
Foto: Pedro Alves/G1
O prefeito Bruno Pereira, de São Lourenço da Mata, no Grande Recife, dois secretários municipais e quatro servidores da administração municipal foram afastados dos cargos, nesta terça-feira (26), durante a ‘Operação Tupinambá', deflagrada pela Polícia Civil. Durante a ação, que investiga um grupo suspeito de desvio de bens e recursos públicos, foram encontrados, na casa do chefe do Executivo, R$23 mil em espécie.

De acordo com o chefe da Polícia Civil, Joselito Amaral, além dos sete afastados, duas pessoas foram presas por porte ilegal de arma, durante o cumprimento dos 14 mandados de busca e apreensão domiciliar. A operação aconteceu nas cidades do Recife, São Lourenço, Camaragibe, também na Região Metropolitana, além de Caruaru e Bezerros, no Agreste.

"Essa é, na verdade, uma fase da investigação, que começou há três meses. Foram afastados, além do prefeito, os secretários de Finanças e Saúde. Os outros afastados são ligados a essas duas pastas. Ainda não temos provas o suficiente para pedir o indiciamento. As pessoas foram afastadas por tempo indeterminado para não interferir nas investigações", disse Joselito.

Foto: Pedro Alves/G1
De acordo com a Polícia Civil, a partir desta terça, os alvos estão proibidos de ter acesso à administração municipal. A determinação está prevista em uma medida cautelar expedida pelo desembargador Odilon de Oliveira Neto, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Procurada pelo G1, a assessoria de comunicação da Prefeitura de São Lourenço da Mata informou que vai se posicionar até o fim da manhã desta terça. Disse também que o prefeito Bruno Pereira não se encontra na cidade. O vice-prefeito do município, José Gabriel Neto, vai assumir o cargo.

Ações

A ‘Tupinambá’ é a 35ª operação de repressão qualificada de 2017. As investigações foram efetuadas pela Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos, sob a presidência da delegada Patrícia Domingos. O Ministério Público e o Tribunal de Contas de Pernambuco atuaram e deram suporte aos trabalhos.

"As verbas e recursos públicos são destinadas no ano anterior ao ano de execução. Houve desvio da destinação dessas verbas. Quanto ao valor encontrado na casa do prefeito, ele vai ter que declarar a origem", finalizou.

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