Canibais confessam crimes, mas divergem nos depoimentos

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Foto: Hélia Scheppa/ JC Imagem
Em um processo que se estendeu por quase dez horas nesta quinta-feira (13), no Fórum de Olinda, no Grande Recife, o trio acusado de matar, esquartejar e comer a moradora de rua Jéssica Camila da Silva Pereira confessou, pela primeira vez, em juízo, o crime. Segundo inquérito da Polícia Civil de Pernambuco, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 52 anos; Isabel Cristina Torreão Pires, 53; e Bruna Cristina de Oliveira, 28, assassinaram Jéssica, à época com 17 anos, em maio de 2008. Os réus assistiram aos depoimentos das testemunhas e foram interrogados por mais de cinco horas pela promotoria do MPPE (Ministério Público de Pernambuco) e advogados de defesa - divergindo em diversos momentos nas respostas. Após o depoimento dos três réus, por volta das 19h30, a juíza Maria Segunda anunciou que o julgamento seria interrompido e retomado na manhã desta sexta-feira (14).

O psiquiatra forense Lamartine Hollanda, perito responsável pelo exame de sanidade mental, foi a primeira testemunha ouvida no júri. Questionado pela acusação e pela defesa, afirmou que os réus não têm doenças ou distúrbios mentais que possam comprometer o entedimento deles sobre o crime. "Curiosamente, em um processo que correu há 16 anos em Olinda, não foi alegada nem por parte dele nem dos advogados essa insanidade", afirmou, em relação a um assassinato do qual Jorge foi absolvido, também em Olinda. Em 1994, ele foi acusado de matar, com um tiro nas costas, um adolescente de 17 anos, homicídio pelo qual foi inocentado há quatro anos - quando a morte de Jéssica já havia acontecido, porém não havia sido descoberta pela polícia. Para o médico, "a probabilidade de repetição de tal conduta é alta."

Do NE10

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