Foto: Joyce de Oliveira Januário / Arquivo pessoal |
João Gonzaga foi adotado com três dias de nascido por Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus, a 'mãe Santana', os pais de Luiz Gonzaga. “Quando eu cheguei na fazenda Lagoa Grande, em Exu e de lá fui conduzido pequeninho até a fazenda Araripe. Foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida, eu jamais seria capaz de definir a importância de receber o nome Gonzaga”, afirma.
Foto: Joyce de Oliveira Januário/ Arquivo pessoal |
Criado vendo Januário consertar a velha sanfona, a admiração pelo padrinho teve que esperar ele 'se entender por gente', como mesmo diz. “Um certo dia, veio meu pai e disse que eu ia conhecer Gonzaga. Eu não tinha a menor ideia de quem era Luiz Gonzaga. Eu ouvia falar dentro que ele era meu padrinho. Eu fui batizado na Igreja do Araripe, mas ele ficou muito tempo sem ir em casa”, esclarece.
Até o período do centenário ele veio pouco a Exu, mas isso mudou a partir da festa. “O maior bem que ele tinha na face da terra era aquele velho Januário. Quando ele fazia um show em Recife. Ele procurava um jeito de vir em Exu. Foi aí que ele comprou o Parque Asa Branca. Depois disso, que ele passou a vir mais vezes”.
Sob a luz dos seus 55 anos de idade, João ressalta o que mais chamava atenção em Luiz Gonzaga era a simplicidade. “No parque Asa Branca, ele ficava de short, usava sandália, andava tranquilo na nossa cidade. Era um homem do povão, mas quando ficava em casa gostava de ficar sozinho".
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