A nova postura de Raquel: da defesa ao ataque

segunda-feira, 14 de julho de 2025


A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), parece ter adotado um novo tom em sua gestão, deixando para trás a postura de apenas ouvir críticas para agora respondê-las à altura, “saindo das cordas” e partindo para o embate direto. Essa mudança foi notável em dois eventos recentes que ganharam destaque no cenário político do estado.

No lançamento da segunda edição do Festival Pernambuco Meu País, um evento voltado a artistas e produtores culturais, a chefe do Executivo estadual aproveitou a oportunidade para rebater as críticas da oposição sobre os investimentos do governo na área cultural. Sem citar nomes, Raquel Lyra defendeu veementemente a continuidade das políticas públicas para o setor. “Nós resistiremos porque temos vocês para resistir”, declarou.

A governadora fez menção indireta às críticas ao Circuito Literário de Pernambuco (Clipe), cuja terceira edição foi realizada entre maio e junho deste ano. A iniciativa foi alvo de questionamentos por parte do deputado estadual Waldemar Borges (PSB), que solicitou informações detalhadas sobre os investimentos. Em sua resposta, Raquel Lyra foi incisiva: “Recentemente, a gente fazia o Circuito Literário de Pernambuco e teve algumas pessoas, aquelas que não compreendem a força da cultura e a necessidade de subsídio e política pública para financiá-la, querendo questionar o investimento que se faz em movimentos como esse”, afirmou.

A nova postura da governadora foi ainda mais evidente na filiação do prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, que foi seu vice por dois mandatos e assumiu a prefeitura após a renúncia de Raquel Lyra para disputar o governo do estado. Na ocasião, a governadora aproveitou para enviar um recado direto à oposição, mostrando sua disposição de não ficar na defensiva. Ela relembrou que os críticos “estiveram lá e não fizeram”, referindo-se a gestões anteriores.

Com clareza, Raquel Lyra disparou: “Quem está focado em eleição não cuida do povo. Fica viajando, discursando, fazendo informação e mensagem na internet, mas disso o nosso povo está cansado. Nosso trabalho é mais chão do que televisão. É mais realidade na vida do povo do que discurso em cima de um palanque. E é por isso que cada vez que nos instigam a falar de 2026, eu digo que 2026 se faz agora, que a gente não vai discutir eleição, porque tem muito trabalho pra fazer”.


Fonte: Blog do Carlos Brito

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