Ação contra maus-tratos e venda de animais silvestres pela internet tem três alvos em Pernambuco

terça-feira, 5 de junho de 2018

Exposição de imagens de animais silvestres na internet é crime, de acordo com o Ibama (Foto: reprodução/Facebook)
Foto: reprodução/Facebook
Equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o apoio da Polícia Militar, realizaram nesta terça-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, uma operação em três municípios pernambucanos contra suspeitos de maus-tratos e venda de animais silvestres expostos na internet. A operação ocorreu também em 14 Estados e no Distrito Federal.

Os três alvos da operação em Pernambuco residem no Recife, em Surubim, no Agreste, e em Serra Talhada, no Sertão. Eles terão de pagar multas e responderão por crime ambiental, crime cuja pena varia de seis meses a um ano.

De acordo com o chefe do Núcleo de Fiscalização do Ibama em Pernambuco, Amaro Fernandes, os abusos contra os animais eram divulgados nas redes sociais. O caso que mais chamou a atenção ocorreu em Surubim, distante 120 quilômetros da capital. Um homem é acusado de postar uma foto de um macaco-prego cozido.

“A imagem é chocante. O animal está em uma panela, sendo ofertado aos amigos. Isso está exposto numa rede social, para quem quiser ver”, afirmou Amaro.

Segundo ele, o suspeito foi identificado após um levantamento de equipe de inteligência do Ibama. Ele será notificado com o envio do auto de infração, que impõe multa de R$ 5 mil.

No caso do Recife, o suspeito mora no bairro da Mustardinha, na Zona Oeste, e escreveu uma postagem, também em uma rede social, na qual comercializa dois saguis pelo preço de R$ 100. Ele será multado em R$ 20 mil.

“Como nesses dois casos os crimes já aconteceram, não houve autuação em flagrante. Mas essas pessoas vão responder com base na lei de crimes ambientais”, explicou o fiscalizador.

Foto: Reprodução/Facebook
Em Serra Talhada, cinco agentes ambientais federais e oito PMs realizam uma vistoria na casa de um homem apelidado nas redes sociais de "Rei das Serpentes". Ele tem um canal na internet em que aparece manipulando animais como cobras e aranhas.

“Isso caracteriza maus-tratos. Além disso, levantamos que ele mantém os bichos em cativeiro e isso configura crime”, observa Amaro Fernandes. A multa estipulada é de R$ 500 para cada animal mantido em cativeiro.


Ação nacional

De acordo com o Ibama, até as 9h30 desta terça (5), pelo menos duas pessoas tinham sido detidas no Rio de Janeiro e uma na Paraíba. Os fiscais haviam apreendido 30 animais, entre cobras, lagartos, aranhas e pássaros. Segundo o Ibama, os detidos são pai e filho, e este era o responsável pela venda na internet.

Em sete meses de investigação, o instituto conseguiu identificar os nomes de pessoas que vendem animais da fauna natural brasileira pela internet. Eles usavam pseudônimos ou nomes falsos em redes sociais para vender pássaros e répteis como cobra, camaleão e lagarto.

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