Clubes do interior vencem trio da capital e decidem nova fórmula do Pernambucano

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Reunião na FPF-PE definiu rumos do Pernambucano (Foto: Nathalia Dielu)
Foto: Nathalia Dielu
A nova fórmula do Campeonato Pernambucano para a edição 2018 foi definida na tarde desta terça-feira, em arbitral realizado na sede da Federação Pernambucana de Futebol. Unidos, os times do interior (além do América) votaram na proposta 2 e venceram o trio de ferro da capital formado por Sport, Santa Cruz e Náutico, cujos votos foram na proposta 1.

Assim, a competição terá os onze times enfrentando-se na primeira fase em jogos de ida (cada equipe fará dez partidas, sendo cinco como mandante). Os dois piores colocados ao final das rodadas serão rebaixados à série A-2, a segunda divisão do Estadual. Já os oito melhores seguem para o mata-mata, que começa nas quartas de final.

Por conta da pouca disponibilidade de datas, tanto as quartas de final como as semifinais serão disputadas em partidas únicas, com o time de melhor campanha como mandante. Já na final, as equipes duelam em ida e volta.

Vai beneficiar o futebol de Pernambuco num todo. Vai proporcionar maiores condições aos clubes do interior. De participar com a segurança que pode ir até o final do Campeonato, não sendo alijado logo numa primeira fase em grupos diferentes", disse Paulo Roberto, presidente do Vitória.

Foto: Nathalia Dielu
Cada time teve um peso na votação, de acordo com a posição no último Estadual, vencido pelo Leão. Sport, com 12, Santa Cruz, com 10, e Náutico, com 9, somaram 31 pontos. Já o outro bloco, liderado pelo vice-campeão Salgueiro, juntou 44 pontos (as outras equipes votantes foram Belo Jardim, Central, Flamengo, Afogados, América e Vitória).

Na proposta defendida pelos grandes da capital que foi derrotada, a primeira fase também seria composta por 11 times que jogariam entre si em sistema de ida. Cada equipe também realizaria 10 jogos (cinco como mandante), mas apenas os quatro melhores colocados avançarim para a segunda fase. No mata-mata, tanto as semifinais como as finais seriam em esquema de ida e volta.

"O futebol pernambucano está andando pra trás. De onze equipes passar oito... Quartas de final e semifinais disputadas em apenas um jogo... Acaba tirando o senso de justiça da competição e abre espaço para imprevisibilidades. O critério técnico perde e Pernambuco perde uma chance de se consolidar com um campeonato forte", analisou Constantino Júnior, vice-presidente do Santa Cruz.

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