O Mogi Mirim, que hoje é destaque com manchetes negativas, como WO e greve de jogadores por salários atrasados, já foi um expoente da força do futebol paulista no passado. A reportagem do Esporte Espetacular (assista acima) mostra a ascensão e queda do Sapo, com o pentacampeão Rivaldo como um dos personagens centrais. A crise financeira é tão grande que o clube deve R$ 97,20 para o fornecedor de bananas.
Rivaldo é o principal símbolo do Mogi. Dentro e fora de campo. Para o lado positivo e também para polêmicas. Como jogador, em 1992, ele fez parte do clássico "Carrossel Caipira", ao lado de Válber e Neto. Quase vinte anos depois, voltou ao clube para assumir a presidência.
Com ele no comando, o Sapo conquistou importantes resultados, como o Título do Interior em 2012, os acessos que levaram o time à Série B do Brasileiro e a campanha que fez a equipe alcançar as semifinais do Paulistão em 2013. Durante esse período, Rivaldo também realizou o sonho de atuar ao lado do filho Rivaldinho. Juntos, chegaram a garantir a vitória por 3 a 1 sobre o Macaé, com um gol do pai e dois do herdeiro.
Mas a trajetória não foi só de glórias. Rivaldo também enfrentou polêmicas. A principal delas foi a passagem dos dois Centro de Treinamento do clube para o nome dele. O caso foi parar na Justiça e ainda gera visões controversas.
- Ele (Rivaldo) assumiu o compromisso de não dilapidar o patrimônio e não usar o patrimônio do clube para manutenção do futebol, que era tudo por conta dele. Então quem deve para o Rivaldo hoje? É o Rivaldo. O presidente Rivaldo deve para o Rivaldo pessoa física - diz Luiz Adorno, ex-advogado do clube paulista.
Do outro lado, o advogado de Rivaldo, Betellin Dante, tem explicação diferente para a situação:
- O Rivaldo emprestou dinheiro para o Mogi Mirim de 2008 a 2014. O Mogi, para saldar parte da dívida que tinha com o Rivaldo, deu os CTs como parte do pagamento dessa dívida.
Rivaldo aperta a mão de Luiz Henrique de Oliveira, atual presidente do clube (Foto: Reprodução / Facebook)
O ex-meia saiu de cena em julho de 2015, quando vendeu o clube para o empresário Victor Manuel Simões. Como não conseguiria tocar o dia a dia, Vitor colocou como presidente o amigo Luiz Henrique de Oliveira, que é o atual mandatário do Sapo. O problema é que os dois brigaram e, após disputa jurídica, Luiz Henrique acabou ficando no poder. De lá para cá, o Sapo caiu da Série B para a Série C (2015), do Paulistão para a A2 (2016) e da Série A2 para a Série A3 (2017).
Segundo o presidente, o passivo do clube é de aproximadamente R$ 15 milhões, incluindo uma dívida de R$ 97,20 com um fornecedor de banana. Diante do futuro nebuloso, um grupo de torcedores criou o movimento "SOS Mogi Mirim", que tem como objetivo cobrar explicações da atual diretoria.
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Com esse cenário caótico, o desempenho em campo é apenas um reflexo das dificuldades políticas, financeiras e administrativas que o Mogi enfrenta desde a saída de Rivaldo.
Na rodada seguinte ao WO diante do Ypiranga, com uma semana turbulenta que teve nova ameaça dos jogadores de não entrar em campo e pagamento da Federação Paulista de Futebol diretamente aos atletas - em antecipação à cota do Mogi do próximo ano, o Sapo perdeu para o Tupi por 1 a 0, fora de casa, em mais um capítulo rumo ao quarto rebaixamento em três anos.







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