Os agentes do presídio Desembargador Luiz de Oliveira Souza suspeitam que o gato apreendido na semana passada, quando tentava entrar na penitenciária levando serras, celular e outros objetos, tenha sido adestrado pelos próprios detentos. A direção da unidade trabalha agora para identificar quem era o detento que iria receber o "kit fuga" que era transportado pelo animal.
Segundo o diretor administrativo da penitenciária, Anderson Soares, depois da apreensão ocorrida na noite do dia 31 de dezembro, a atenção dos agentes responsáveis pela guarda externa está redobrada, já que a ação dos presos revela a intenção do grupo de fugir do presídio de Arapiraca.
Anderson Soares detalhou para que seria usado cada objeto apreendido com o gato. "A serra geralmente é usada para danificar as grades da cela. A broca para quebrar o cimento do piso e a parede. O celular para fazer comunicação com a parte externa", ressaltou o diretor administrativo.
O trabalho da direção da unidade a partir de agora é investigar quais os presos envolvidos noinusitado plano de fuga, que ganhou repercussão nacional e internacional.
A desconfiança dos agentes penitenciários é de que os detentos criavam o gato escondido dentro do presídio. Outra suspeita é que parentes dos presos levaram o bicho para casa no dia de visitas para colocar os objetos junto ao corpo do animal. Como era acostumado com a penitenciária, o gato voltaria normalmente para dento da cela - é o que pensam os agentes.
O agente penitenciário Felipe Alexandre dos Santos, que estava de plantão no dia da apreensão, contou que achou estranho o embrulho preso na barriga do gato. "Pedi apoio do restante do pessoal e conseguimos evitar a entrada do animal no presídio", contou.
O animal teve o embrulho com os objetos solto do corpo e foi levado para o Centro de Controle de Zoonoses de Arapiraca.
(NE10)
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