Os programas sociais Bolsa Família, Bolsa Estiagem e Garantia-Safra tem
evitado a repetição dos saques às feiras livres do Sertão, praticados na
época das chamadas Frentes de Emergência dos anos 80.
O acesso
ao dinheiro se dá por meio de um cartão magnético, diferente do que era
praticado há cerca de 30 anos, quando o nome do beneficiado aparecia
numa lista e o dinheiro lhe era entregue em espécie. Entretanto, para
sacar o dinheiro os contemplados enfrentam uma maratona de sacrifícios e
humilhações, chegando até a passar fome em filas intermináveis.
No
município de São José do Egito, a penitência começou cedo para Dona
Maria Elvira Alves, de 47 anos, residente no Sítio Mulungu. A sertaneja
chegou às cinco horas da manhã para pegar a fila e até o momento da
reportagem não havia recebido o benefício no valor de R$ 70 do Bolsa
Estiagem, programa criado pelo Governo do Estado.
Já José
Herculano do Nascimento, de 51 anos, residente na periferia da cidade,
estava com os nervos à flor da pele. Sem um tostão para o almoço, ele
disse que chegou às nove horas e até então não tinha tomado sequer um
copo dágua para enganar a fome.
Dona Maria Silva, que veio
acompanhada do filho menor e estava na fila desde as sete horas da
manhã, disse que passou por um susto quando seu caçula quase desmaiou de
fome. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, responsáveis pelo
pagamento dos benefícios, não se pronunciaram sobre o ocorrido, deixando
os moradores de São José do Egito sem qualquer satisfação, informando
apenas, extraoficialmente, que não havia dinheiro em caixa para atender a
todo mundo.
José Pedro Alves, do Sítio Rachada, acompanhava a
mulher Severina para receber os R$ 200 do Bolsa Família e disse,
revoltado: 'Isso é uma humilhação da desgraça! Bote isso no seu blog
para o povo ver como esse Governo trata a gente', afirmou.
(Blog do Magno)
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