A dois meses do fim de 2017, PE registra mais chuva que em 2016, diz Inmet

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Chuvas causaram alagamentos no Recife (Foto: Adelson Costa/Pernambuco Press)
Foto: Adelson Costa/Pernambuco Press
A dois meses do fim do ano, 2017 superou o volume de chuva atingido no ano anterior, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com o órgão, até outubro, foram registrados mais de dois mil milímetros de chuva acumulados, enquanto o total do ano anterior atingiu 1.700 milímetros. No fim de maio, mais de 55 mil pessoas tiveram que sair de casa e outras seis morreram por causa das enchentes causadas pelas fortes chuvas.

De acordo com Ednaldo Araújo, meteorologista do Inmet Recife, o ano já é considerado mais chuvoso que o anterior. “Apesar do volume maior de chuva, o comportamento do clima não é atípico para o período. A média de outubro, por exemplo, é de 66 milímetros e esperamos atingir 63, ao fim do mês. O volume maior caiu entre maio, junho e julho, mas os três últimos meses do ano costumam ser mais secos no Grande Recife e Zona da Mata”, disse.

Ainda segundo Ednaldo, em Petrolina, no Sertão, por exemplo, não chove há três meses, mas existe a previsão de precipitações entre o fim de outubro e o começo de novembro. “Mesmo com as chuvas, a temperatura deve continuar bastante elevada, até, pelo menos, maio de 2018, especialmente no Sertão”, explicou.

Chuvas de maio

No fim de semana dos dias 27 e 28 de maio, chuvas fortes atingiram várias regiões do estado, provocando enchentes de rios e deslizamentos de barreiras. No domingo (28), o presidente da República, Michel Temer, veio ao Recife e autorizou o envio de ajuda humanitária. Ele ainda se comprometeu com a liberação de uma linha de crédito de R$ 600 milhões, junto ao BNDES, para obras no estado.

Na quarta (31), o governador Paulo Câmara visitou as cidades de Catende e Ribeirão, na Zona da Mata Sul, para acompanhar o planejamento de ajuda humanitária às famílias desalojadas e de limpeza das áreas atingidas pela água, feito por 'gabinetes de crise' instalados nos dois municípios.

Foto: Everaldo Santos/TV Globo
No Nordeste, as chuvas ocorrem por causa de um fluxo de vento que vem do oceano carregado de ar úmido, formando nuvens carregadas na costa e na Zona da Mata. De acordo com o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, trata-se de um sistema chamado onda de leste, comum nesta região no outono e inverno.

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