Seca faz aposentada colocar casa à venda: 'vou sair para onde tem água'

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Aposentada colocou casa à venda após estiagem no Sertão de Pernambuco (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)
Foto: Reprodução/TV Asa Branca
Com os prejuízos provocados pela estiagem, a aposentada Francisca Lopes da Costa decidiu vender a casa onde mora em Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco. Ela reclama da falta de água. "Antes eu tava pensando que nunca ia sair daqui, mas veio essa secona, eu vou sair para onde tem água", afirmou.


Francisca Lopes disse que a situação no Sítio Furquilha, zona rural do município, piorou há cinco anos e precisou levar o gado para uma propriedade com abastecimento de água. "[Antes não queria sair] porque achava bom aqui, tinha água, a cacimba nunca secou, a barragem nunca secou e agora secou tudo. Nunca mais tivemos nada aqui, só capim mesmo. Só a pastagenzinha", afirmou em entrevista à TV Asa Branca.



Foto: Reprodução/TV Asa Branca
Já Rosimário Rodrigues de Souza, preparou a terra para plantar milho, mas com a seca nenhuma semente germinou. "Quatro horas de trator, que deu em torno de R$ 400. E a gente plantou, por causa da seca não deu nada. Perdi tudo por completo. A situação é essa, na seca ninguém consegue nada", explicou o agricultor.

A falta de chuvas provocou o colapso da Barragem de Jazigo, que abastecia a região onde moram Francisca e Rosimário. O reservatório tinha capacidade para 15 milhões de litros de água, mas secou em 5 de abril deste ano, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). A barragem fornecia água para pequenas irrigações de cerca de 400 famílias.

Seca vai agravar
O diretor presidente da Apac, Marcelo Asfora, explicou que os meses de outubro e novembro são os mais secos no estado, quando chove menos. "Houve um acirramento da seca. O grau de seca aumentou. Praticamente todo o estado vive em condição de seca. Sendo que, 85% do estado está numa condição de seca", afirmou.

Asfora disse ainda que as regiões do Alto Sertão, Alto Pajeú e praticamento todo o Agreste está na condição de seca excepcional, que é o nível mais alto do monitor da seca. "E a tendência nos próximos dois meses é que essa situação, realmente, venha a se agravar", detalhou.


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