Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado |
O Regimento Interno do Senado determina que todas as propostas que tramitam há mais de duas legislaturas sejam arquivadas. A exceção é caso o Plenário aprove um requerimento de 27 senadores pedindo a renovação.
Para a presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Ana Rita (PT-ES), os movimentos não devem se opor ao arquivamento porque o projeto acabou estigmatizado com o nome de “PLC 122″.
“A ideia é manter o 122 arquivado e construir uma nova proposta. Uma proposta que, inclusive, atenda melhor o próprio movimento LGBT”, explica a senadora.
O PLC 122 altera a Lei 7.716/1989, que define os “crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
A proposta inclui entre esses crimes a discriminação por gênero, sexo orientação sexual ou identidade de gênero.
O projeto original, da deputada Iara Bernardi (PT-SP) foi aprovado pela Câmara em dezembro de 2006 e, em 2009, chegou a passar pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
Na Comissão de Direitos Humanos, porém, a proposta nunca chegou a ser votada por falta de acordo entre os parlamentares.
CÓDIGO PENAL – Desde que deixou o Ministério da Cultura e voltou para o Senado, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) tem trabalhado para incluir o tema na discussão do novo Código Penal; transformando a identidade de gênero e a orientação sexual como agravante de vários outros crimes.
“Vou buscar apoio dos senadores para manter as emendas e levar ao Plenário um Código Penal que puna a homofobia tanto quanto já prevemos punições a outras discriminações, como a racial, étnica, regional, de nacionalidade”, diz a senadora.
“É um escândalo ao crime de homofobia ser ignorado como preconceito”, avalia a petista.
Do blog de Jamildo
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