Com discurso de gratidão a Campos, Paulo Câmara ressalta gestão de continuidade e visão estratégica do governo

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Paulo Câmara durante a posse. Foto: Luiz Pessoa/NE10
As lembranças e o legado político deixado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) marcaram o discurso de posse do governador eleito Paulo Câmara (PSB), nesta quinta-feira (1º). O socialista optou por um texto mais enxuto, sem promessas específicas ou projetos prioritários. A missão, segundo ele, será governar com “diálogo, transparência, coesão política e equilíbrio fiscal”, disse o novo chefe do executivo estadual, que fez um pronunciamento de 18 minutos.

“Eduardo nos deixou no auge de sua força política. Estava pronto para ser personagem influente no Brasil por muito tempo, confirmando-se como ponto de convergência das esperanças dos brasileiros. É inegável o legado de seu governo”, afirmou Paulo Câmara, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
Paulo Câmara passando a tropa em revista. Foto: Amanda Miranda/BlogImagem
Avô de Campos, o ex-governador Miguel Arraes também teve espaço no discurso do novo chefe do executivo estadual, bem como a viúva Renata Campos.

Seguindo o desejo de Câmara em fazer uma cerimônia discreta e simples, o ato aconteceu sem muitas firulas. A chuva contribuiu para a baixa adesão ao ato político, poucas pessoas acompanharam a posse. Em frente ao Palácio do Campo das Princesas, local onde acontece a transmissão do cargo, cerca de 400 cadeiras estavam organizadas para receber o público, mas muitas ficaram vazias.
Paulo Câmara após posse na Alepe. Foto: BlogImagem
Ciente das dificuldades econômicas que deve enfrentar junto ao governo federal, Paulo prometeu reforçar o diálogo com a presidente Dilma Rousseff (PT) e encerrar o clima de disputa política – muito forte durante a campanha eleitoral.

“Tenho consciência da dimensão dos desafios econômicos em que foi lançado o Brasil. Estou disposto a contribuir, no que me couber, para que o País supere o risco de recessão aliada à volta da inflação. Como defendeu Eduardo Campos, é necessário fundar um pacto político, econômico e social que nos permita vencer a crise e buscar novos caminhos”, destacou o socialista.
Transmissão de cargo de João Lyra para Paulo Câmara. Foto: Amanda Miranda/BlogImagem
ALEPE – De olho no quinto mandato à frente da presidência da Alepe, o atual presidente, Guilherme Uchoa (PDT), frisou durante o discurso a parceria com o governo do Estado, rememorou a amizade com Eduardo Campos e exaltou as características de Paulo Câmara.

“Paulo tem total capacidade e experiência para tocar o desenvolvimento do Estado. De minha parte, na condição de presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, é oportuno registrar o quanto estivemos lado a lado, durante todo esse período”, afirmou Uchoa.

Este ano, o deputado estadual Guilherme Uchoa (PDT) pode enfrentar uma inédita resistência dos aliados socialistas, depois da morte do ex-governador Eduardo Campos, prematuramente, em agosto deste ano.

Quando era governador, Eduardo Campos, em busca de uma zona de conforto, sempre deu aval às reconduções de Guilherme Uchoa na Alepe. No entanto, a estratégia de perpetuar o aliado no cargo foi usada para criticá-lo nas eleições presidenciais, como um exemplo de caciquismo.

Do Blog de Jamildo

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