Ministro da Fazenda fala em ajustes firmes e crescimento rápido

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

 Foto: Reprodução/TV Globo
Novo ministro da Fazenda da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), Joaquim Levy concedeu sua primeira entrevista desde que foi indicado ao cargo, no final do mês de novembro. Entre os assuntos tratados pelo ministro, foi abordada a situação da Petrobras, a estagnação de crescimento na economia do Brasil, além de reajustes de impostos.

A entrevista foi concedida na noite dessa terça-feira (16) ao telejornal matutino da TV Globo, “Bom dia, Brasil”, e exibida na manhã desta quinta-feira (17). Levy iniciou a entrevista falando de seu pacote de ações, que passam a ser aplicadas a partir de janeiro de 2015.

“A gente tem que olhar os gastos, os diversos gastos que foram feitos, estancar alguns, reduzir outros”, disse o ministro, ao explicar que uma das prioridades no seu trabalho será o controle de gastos públicos, além de considerar o ajuste de alguns impostos, porém “sempre olhando a compatibilidade com aquele objetivo que a gente falou: de aumentar a nossa taxa de poupança”.

Ainda sobre o aumento dos impostos, o ministro alegou que há a possibilidade de elevação da alíquota do tributo sobre combustíveis (Cide-combustíveis): “É uma possibilidade. Há outras. Mais importante é a gente explicar o que está vendo, o diagnóstico, e porque a gente vai tomar essas medidas”.

A previsão de retomada de crescimento da economia brasileira é vista com otimismo por Joaquim Levy. Conhecido por fazer planejamento a longo prazo, o indicado de Dilma declarou que, quando se faz ajustes de uma maneira “firme e equilibrada”, a reação é muito rápida. Previsões recentes apontam que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve ficar em menos de 1% em 2014. O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país em um determinado período.

Levy reconhece que vai começar a sua atuação no ministério com uma elevada taxa de inflação, mas acredita que, por conta do trabalho fiscal que será realizado pelo governo, ela vai entrar em um momento de queda. “O Banco Central está vigilante e vai tomar todas as medidas adequadas para isso”, ponderou.

O ministro também foi instado sobre a situação da Petrobras, estatal mais importante do país. A empresa vem passando por dificuldades econômicas desde que foi envolvida nas investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), que desmonta um esquema de corrupção dentro da petrolífera.

“Eu acho que a capacidade de reação da Petrobras é forte e ela vai saber, como qualquer companhia que enfrenta dificuldade, se ajustar. Se o acionista majoritário vai ser alguma vez solicitado, eu acho que ainda é cedo para a gente fazer um julgamento sobre isso”, respondeu o ministro ao ser perguntado se o Tesouro vai socorrer a Petrobras, caso ela precise.

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